quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

3h35min/3h43min

acabei de lhe mandar um e-mail com este endereço. não falei mais nada sobre. ou melhor, não escrevi nada sobre. agora não é hora mais de se escrever. tô a muito tempo querendo dormir. há muito tempo cansado. nos últimos dias fiquei mais de 21 horas dentro de um carro viajando e vendo aqueles que verei outras vezes (ou não, né tia?). álias, isso me fez lembrar de uma vez que fui visitar parentes e dei uma abraço apertado em todos como se fosse o último. pois se morrerem eu não reclamaria que ficou um abraço a ser dado, o último. não, eu dei para todos o último... ou pelo o menos achei que tivesse dado. pois quando ela morreu pensei: poxa, não lhe dei o último abraço. eu caminhando de volta pra minha casa... era uma noite gelada, acho que estava antes com ele. não sabia o que sentir. queria chorar. não conseguia. queria dar uma importância para a impossibilidade de eu ir até você. ou melhor, até sua carcaça. (como disse ele no dia em que nosso avô morreu. fiquei pasmo quando ouvi isso, hoje já não. não fico mais pasmo.) sim, viajei. não, não é o horário nem o cansaço. sou eu. é você. queria lhe dizer que lendo e relendo coisas antigas, organizando o que não precisa ser organizada, senti uma vontade de me abrir pra você. sutilmente. ou melhor. de uma forma em que eu não me envergonhasse de cara. que não pagasse pelos erros do passado e os erros que cometerei com você assim, logo de cara. permita-se entrar... permita-me entrar. entre. entro...

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