terça-feira, 8 de setembro de 2009

follow the cops back home

depois de ter terminado de ler um livro que começara a ler uma semana atrás, após ter esquecido a sua compra sem saber porque, ele foi lavar um pouco de alface e comer. queria disfarçar sua fome e ao mesmo tempo evitar uma culpa alimentícia maior, tendo em vista que comera baboseira a tarde toda. depois foi se arrumar pra sair, precisava ir num bairro longe buscar, pegar uma coisa emprestada e depois se encontrar com uma conhecida num barzinho pra conversarem sobre interesses em comum. andando em seu, ou melhor, escolhendo bem onde pisava em seu quarto, tendo em vista os campos minados, ele vai em direção a calça da noite. ele tem três opçoes. uma linda que ele adora só que usa sempre e ela recentemente foi manchada, uma feminina que ganhara a pouco tempo e que não queria arriscar hoje e a terceira uma toda xadrez que ele achara deslumbrante na compra e de que hoje sentia vergonha de a ter desejado um dia. escolhe ela. falta de opção, mesmo. seu corpo está dolorido. ontem ele também estava e para parar a dor ele resolveu dormir demais. resultado: a dor de ontem sumiu dando lugar a de hoje, devido ao excesso da dormida. um quarto de uma pessoa representa muito bem sua vida. sabendo como é a vida dele, cada um imaginará o quarto que lhe cabe. apesar de que os quartos mudam, arrumam-se, entra e sai pessoas deixando suas impressões, desejos e imundices, a identidade de um quarto não, nunca. alias, muda sim. mas somente quando o dono muda. e no exato momento o dono desse não pretende mudar de quarto, apenas mudar de vida.